quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Cinema e Medicina [4]: sobre o filme Até o Último Homem

    O filme Até o Último Homem é mais um dos que fariam parte de uma lista de filmes obrigatórios a serem assistidos por acadêmicos de medicina. Dirigido por Mel Gibson e lançado no Brasil em 2017, fez muito sucesso com o público em geral. 
   Baseado em uma história real, a obra leva aos cinemas a biografia do Cabo Desmond Doss, um paramédico do exército americano que durante a Segunda Guerra Mundial se recusa a portar armas, o que causa estranheza e incompreensão por parte de seus pares e superiores, levando-o a sofrer perseguições e até mesmo ser punido com prisão.

  
    
    A obra inicia apresentando a infância do protagonista. Apesar de ter crescido em um lar problemático, a fé cristã foi alicerce e guia para que ele seguisse pelo caminho do bem. Antes de entrar para as Forças Armadas Americanas, Desmond tinha o sonho de ser médico, contudo, devido dificuldades, não conseguiu realizar seu sonho.
    Seu período de treinamento foi bastante desafiador, tendo em vista que causou (e causaria) estranheza em qualquer militar o fato de alguém ter interesse em ir para a guerra sem portar uma única arma ou ser treinado para usá-la. Desmond Doss foi perseguido por seus superiores e por seus pares, tendo sido espancado e até mesmo preso, sendo apenas absolvido após o tribunal competente para julgá-lo ter recebido uma "carta" feita por um General ratificando os direitos dos militares à objeção de consciência religiosa.
   Após a devida autorização para ir à guerra sem armas e prestando serviço como paramédico, ele embarca em direção à Europa para integrar as Forças Americanas na Segunda Guerra Mundial.
    No campo de batalha o paramédico Doss demonstra uma coragem fora do normal, avançando junto à linha de frente, infiltrando-se sozinho em território inimigo e salvando vidas desde o primeiro confronto direto.
     O momento mais emocionante do filme é quando, após derrota em uma batalha direta, Desmond sozinho no campo de batalha começa a salvar os feridos que estavam abandonados. Fazendo uso de torniquete, realizando preenchimento de feridas, aplicando morfina e removendo os pacientes até a zona segura, o paramédico ali demonstrou ser virtuoso. Mesmo sob ataque, com uma inabalável, a esperança, a generosidade até mesmo com os que o agrediram durante o treinamento, a fidelidade, a lealdade e a perseverança brilharam como jóias. Havia algo de sobrenatural naquele homem, habitava nele o espírito do Ágape¹
    Já assistiu ao filme? Se sim, deixe nos comentários a sua impressão. 


-
¹Ágape: Amor incondicional, baseado em comportamentos e pela escolha, sem esperar nada em troca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário